terça-feira, 23 de abril de 2019


Mensagem do Espirito Augusto recebida em 27 de abril de 2013 pelo médium espírita Antonio Pacheco Pereira, colaborador no Centro Espírita Dr. Augusto Militão Pacheco, em São Paulo – Capital, que narra o evento das festividades do Descobrimento do Brasil na Colônia Espiritual Abrigo de Fraternidade Infante D. Henrique, em Portugal e, na Colônia Espiritual do Brasil

Obs 1. Os trechos indicados por (...), é devido ao fato de que foram suprimidos por tratarem de assuntos de foro pessoal do Médium psicógrafo.

Obs. 2. Os manuscritos psicográficos originais estão à disposição para verificação do conteúdo e da integridade do texto.


   
   Que a paz de Deus e de Jesus esteja sempre com vocês irmãos.
   Agradecidos ao alto à Deus, Jesus e nossos irmãos superiores por permitirem mais este sempre esperado intercâmbio que hoje deverá estender-se pouco mais que os costumeiros por mim, e só eu ocuparei o nosso instrumento porque temos muito que relatar-lhes, e que a falta de energia, sem luz, nos veio a calhar com seu pai recolhendo-se ao leito mais cedo, de onde o levantamos em estado sonambúlico.
  Mesmo vocês irmãozinho Marco tendo presenciado tudo, mas como você pediu para novamente recorda-los, muitos dos participantes não teremos tempo de cita-los nominalmente, ativemo-nos como verão aos nossos companheiros de grupo, como as outras centenas deles entre os seus.
  Mas meus irmãozinhos, e nós estávamos longe de nem imaginar as emoções e as grandes alegrias que nós particularmente, mas todos os que haviam integrado o grupo de nossa excursão convidada para irem visitar a colônia européia, e como eu estivera muito ocupado por minhas responsabilidades perante as orientações aos assistentes dos ministérios e dos internos em recuperação nos abrigos hospitalares não havia ainda podido fixar minha atenção em nossos companheiros que preparavam-se e confabulavam entre si sobre o porque desta festa, seria um considerável e heterogêneo de irmãos de nossos relacionamentos mais íntimos por funções interligadas que provocavam encontros em trabalhos em conjunto tanto nas repartições da Colônia quanto a trabalhos de socorro e assistenciais de todo os tipos na crosta e muitos como companheiros nas Colônias diversas.
   Eu como aceitara integrar a comitiva lisonjeado, e pelo motivo de decidir segundo a minha vontade porque fora um convite, não convocação, só me restava aguardar a partida para onde não tinha ainda conhecimento isso porque estamos a seguir confiantes os companheiros responsáveis pelas caravanas e os locais pré-determinados, esse estado de espírito irmãos não é apenas meu, mas de todos os que eu sei e fazem parte de minhas relações, ou seja, de grau evolutivo igual ou superior, não nos perdemos em curiosidades preocupantes em casos que não requeiram esses sentimentos empanantes.
  Portanto quando chegou a hora do deslocamento fomos informados por um dos trabalhadores assistente que deveria preparar-me porque em poucos minutos deveria apresentar-me aos companheiros que já encontravam-se no aguardo dos irmãos responsáveis pela condução nossa até o destino, e desloquei-me rapidamente, porque já havia sido dado os atendimentos e as instruções quando cheguei no local, o belo prédio das Comunicações, fiquei pasmo com a quantidade de irmãos que ali estavam reunidos, e todos mostravam-se alegres, uma luminosidade qual uma cúpula encobria todo o local aí fui chamado pelos irmãos íntimos ou os com os quais mais estamos por afinidades e trabalhos ligados, e saí do estado intrigante que me encontrava e tomei conhecimento de que estava em cima da hora estipulada e autorizada pelo ministério.
   Desta vez deduzi que seria um deslocamento diferente das costumeiras volitações, que como sabem vocês projetamo-nos em vários lugares, até aí em colônias Europeias até se precisando em qualquer parte do mundo, e mais intrigado fiquei quando vi que uma luzidia belonave prateada aproximava-se pairando acima do pátio e que com muita suavidade foi baixando até pousar e logo vi ela abrir uma porta para fora na qual existe uma escada e vi que em filas, já antes organizadas, pois logo os irmãos que estavam enturmados outros em grupos espalhados em conversações rumaram para os seus lugares na formação de filas com muita organização que eu fiquei admirado e pensando que perdera as orientações para tal fim onde e quando integra-la atrapalhado como as vezes fico.
  Foi quando novamente fui chamado por vozes conhecidas e olhei para o lado que provinham e fiquei contente como igual a que se tem quando nos sentimos a paz e relaxamento como o quando adentramos o lar e como estavam apartados e não esboçavam intenção de enfileirarem-se também que eu não iria integrar aquela turma e Deus que me perdoe veio-me ao pensamento como rápido lampejo o que ocorre com os irmãos em seus exílios planetários, só diferenciando o grupo pela alegria e descontração dos que observava desta leva como a que existe nos que vão para mundos superiores, esses que você não quer ir.
   Aproximando-me dos irmãos que haviam me chamado logo vi que esta deveria tratar-se de uma das costumeiras incursões, pensei talvez outra missão diferente em outro lugar, quem sabe, e vamos lá ao trabalho, e fui cumprimentado pelos sorridentes amigos de nosso grupo familiar de várias tarefas, levando-me a pensar que teríamos que agir em qualquer lugar no país, talvez nas capitais paulista, mineira, carioca, ou em qualquer do amado Brasil ou quiçá país, e já junto a eles fui abraçado fraternalmente pelo nosso sorridente, agora com sua bela dentição livre dos antigos dentes, que como dissera o fizera sofrer dores na terra, como dissera a irmã Modesta, e que a chapa o angustiara até ao casamento, o Inácio, seguido após pelo Militão, Herculano, Murtinho, o Deolindo, o Seabra, a Ivone, a Ergolina, e demais enfim todos amigos chegados.
  E o irmão Inácio foi logo dizendo que estavam no aguardo do Arago, que seria o responsável pelo nosso deslocamento ao destino, sendo o Abrigo Infante Dom Henrique, portanto aí, e mal ele disse essas palavras vimos chegando a passos largos baloiçando a bela cabeleira e sorrindo o Arago, acompanhado do irmão Alexandre Herculano, que fez-me pensar imediatamente ser algo de vulto, porque sabemos das grandes responsabilidades e trabalhos que o prendem ao Abrigo, sendo ele como um órgão vital para sua admirável funcionamento junto aos demais companheiros da equipe.
  E novos abraços, pois como aí vocês já esclarecidos sobre esta forma de trocas de energia o fazem e todos vossos companheiros professando cumprimentos, e no espaço quando nos encontramos o fazemos o tal de amplexo e ósculo, e foram momentos de alegria e muita energia, logo o irmão Arago foi nos dizendo que por deliberação do experiente Ministro fora colocada em ação aquele estratagema incomum, aplicado só em algumas vezes, e o próprio Herculano tomando gentilmente as palavras esclareceu-nos que isso fora necessário porque nem todos os convidados possuíam totais condições de efetuarem o deslocamento com facilidades e existiam alguns encarnados que por estarem ligados aos seus corpos físicos teriam o tempo controlado, mas não deixariam de participar do evento preparado e que na nave eles receberiam os conhecimentos pelos aparelhos, acomodados confortavelmente, podendo apreciar suas atividades e importantes ações dos últimos quinhentos e treze anos na Pátria do Cruzeiro, e era portanto uma maneira de aproveitarem o tempo durante a viagem mais lentamente, para dar tempo a apreciações.
Como sempre, foi o Inácio que solicitou a palavra e disse ao irmão que se não embarcássemos também perderíamos esse tal fabuloso espetáculo, e o irmão Herculano que sempre mostra-se sério esboçou um sorriso e explicou que nós não integraríamos a turma de passageiros como os outros tantos, pelo motivo simples que além de conhecermos por vivenciarmos muitos desses episódios venturosos, ainda possuíamos condições de revê-los ao bel-prazer quando o quisermos e quais nos arquivos das Colônias com sons e imagens como várias vezes o fizemos.
   E respondendo antecipando-se, disse que logo que o comandante estivesse pronto com a disciplinada tripulação e pedisse-lhe autorização para partir, nós também rumaríamos para o já nosso conhecido local, como já o fizéramos varias vezes à Colônia na sua Portugal, o Abrigo que sabemos de quase sua total responsabilidade, e acrescentou ainda que faríamos o percurso em muito menos tempo e poderíamos já lá tomarmos conhecimento e apreciar os preparativos que tinha sido tomado para a recepção comemorativa mais este ano, evento esse realizado a dois séculos e meio sempre com todo esse número de irmãos crescendo a cada vez.
  Com efeito vimos que o navegador ou comandante assomando a janela panorâmica indicava estar preparado para a viagem e de pronto nosso irmão acedeu e vimos a nave subir graciosamente alguns metros e depois deslocar-se em ângulo quase vertical sumindo-se em segundos de nossas vistas o que levou o irmão Militão perguntar: Irmão Herculano, com essa velocidade que vai, iremos chegar lá antes deles no Abrigo que dista apenas alguns poucos quilômetros além-mar? E pacientemente o ilustre Ministro respondeu que já havia dito que a viagem deles seria mais longa para o tempo que eles levariam e que após algumas voltas em órbita isso seria suficiente, e então o comandante iria amerissar no local determinado, que o comandante é um espírito de alta elevação acostumado a viagens à vários planetas do sistema galáctico e também um dos incumbidos por nosso Cristo Jesus de conduzir os irmãos que, por suas recalcitrâncias no emprego do livre arbítrio, esgotaram seus tempos e oportunidades de reforma em seus planetas, como já daqui da Terra também são levados à planetas inferiores com exílios aflitivos, como também os que são alçados aos mundos mais felizes, essas são as missões desse nosso querido irmão no cumprimento da Lei Divina, como todos nós sabemos pelos ensinos do Mestre e que nos cabe acatar e divulgar incessantemente no afã de alerta e esclarecimentos.
  Eu voltei a relembrar o que pensara sobre o exílio desses irmãos infelizes, nisso Herculano e Arago olharam-se significativamente e colocando-se um a cada lado de nosso grupo acrescido de outros irmãos que chamaram, levantaram as mãos e como que uma faísca partindo das mãos do venerável irmão Herculano, ligaram-se as de Arago e sentimo-nos envolvidos por uma grande energia magnetizante, e pudemos observar como que um campo de força com coloração azulada ténue a uns dois metros por todos os lados como uma metade de bolha de sabão que as crianças sempre brincam, e eu como os demais confirmaram depois, senti como um tipo de vertigem, dessa sensação que se sente quando não acostumados a bordo de um elevador de edifício, sabe como é, não irmãos? Mas que durou apenas uma pequena fração de segundos, uns cinco talvez, eu fechara por reflexo meus olhos e quando senti meus pés em solo, abrindo-os vi que estávamos do mesmo modo agrupados, mas que também o ambiente modificara-se significativamente.
   Encontrávamo-nos em um grande átrio repleto de grupos de pessoas ou espíritos, e que intrigantemente trajados, e em um relance de olhar percebi que parecia-nos estar em uma espécie de evento internacional de uma época remota, muitos como fidalgos, damas, e outros trajes de época menos ou mais refinados, de alguns relembrando as festas em salões da realezas apenas sem as velas no local ou os candelabros e castiçais, outros com seus fatos completos, coletes, cartolas e tal um ambiente refinado, fino, (…) e foi quando a voz do Herculano tirou-me do devaneio em que me encontrava, dizendo que como já chegáramos ele iria tomar algumas providencias necessárias, e que Arago ficaria em nossa companhia, e com elegante reverencia sumiu de nossas vistas, e uma música angelical fazia-se ouvir como transmitida por invisíveis alto falantes pelo espaço.
   O irmão Arago meneando os cabelos de olhos fechados disse que aguardássemos que logo chegariam os irmãos que mais estritamente estavam ligados aos nossos últimos trabalhos na Terra, e foi o que logo após sua informação, que todos nós experimentamos por minha ótica, inenarrável sensação de bocabertice, ante nossos olhos começaram a aparecer, caminhando sorridentes encabeçando a turma abrindo espaço entre as centenas de irmãos entretidos em grupo confabulando, e é por isso que eu preciso estender-me nesta novela, nada mais nem menos que o nosso diretor espiritual Dr. Bezerra de Menezes, impecavelmente trajado e sua venerável presença com seus olhos azulinos brilhantes sobressaiam sobre a barba esbranquiçada em seu afável rosto sorridente, (…) e eu relembrando toda a última nossas encarnações levando-me a pensar em o que mais nos aguardava, já que como vocês sabem em acordo ético milenar os espíritos não vasculham as mentes dos outros a cata de informações nas colônias, só se estiverem abertos entre si para tal em casos especiais, mas só os espíritos superiores tem acesso a qualquer momento que quiserem por algum motivo necessário, temos por isso privacidade relativa em nossos pensamentos íntimos, mas telepaticamente podemos estabelecer comunicação entre nós tal como sendo um canal aberto tentamos o contato, e se assimilado e aceito estabelece-se a comunicação entre os de nosso nível e até diálogos entre encarnados também ou de plano a outro, é o psicapa[1] conhecido na terra mas os encarnados não possuem esse sistema de proteção ética mental, por isso o caso de facilmente serem envolvidos em obsessões.
   Uma senhora apareceu abraçando o Herculano pelas costas dando uma piscadela para nós, era a Heloísa, sua filha, que depois o abraçou, beijou e fez o mesmo com seu avô e seu pai, que estava entre eles todos felizes, (…).
   Foi quando soou no ar um som como o de um gongo metálico provocando silêncio geral, mas sentimos as vibrações do som que se calava em nossos peitos e uma voz fez-se ouvir dizendo que iria ser dado início as comemorações, mas eu não notara nenhum palco ou tribuna, mas em um lado do enorme espaço quase todo ocupado, uma luz clara como que gerada em um todo, sem que se pudesse avistar holofotes, mas mantinha-se apenas naquele espaço, eu nunca vira nada igual que me recorde, e na altura de uns cinco metros surgiu quatro irmãos dentre eles o Alexandre Herculano, que em voz pausada que chegava a todos os lugares, por como alto-falantes invisíveis, e cumprimentou à todos em nome do Pai e Jesus, e disse que todos os presentes poderiam entender o que seria dito em suas línguas e idiomas atuais, porque companheiros providenciariam isso, e que muitos dos presentes estiveram ou estão ainda envolvidos nos episódios que originaram mais esta comemoração em homenagens feitas a gloriosa nação da Pátria do Evangelho, e que alegra Deus e Jesus abençoando a da Terra também, que por muito tempo foi comemorada erroneamente a primeiro de maio, e que pela insistência do Plano mudaram para a verdadeira sempre aqui comemorada igualar.    
   Ficou em silêncio por algum tempo, em que eu pus-me a observar que eles não pisavam em solo visível, era como se pairassem no ar, mas comportavam-se ao andar como se pisassem de fato em um piso, foi quando como que materializou-se um jovem apresentando vestimenta completa de um nobre da realeza, talvez algum rei, pensei, não o conhecia, e o irmão Herculano foi ao seu encontro e beijou-lhe a mão com reverência, voltando-se para a plateia anunciou que ali, mais esse ano estava o maior responsável e incumbido por Jesus de tornar possível a implantação de Seus ensinos Além-Mar, criando no espaço a conhecida Escola de Sagres, o amado Infante D. Henrique.
  A emoção mais uma vez dominou-me, veja irmãozinho Marco, eu estou somente referindo-me as minhas sensações e pensamentos, sem dúvida nenhuma sabia passar-se o mesmo com todos, isso foi-me confirmado depois por todos vocês, mas o simpático Infante levantando os braços cumprimentou-nos e disse que todos soubessem, mais uma vez, diria que a terra escolhida já havia sido visitada pelos missionários de Jesus, pelo bravo Dom Duarte Pacheco preparado desde mil quatrocentos e noventa e quatro aportando anos depois nas terras hoje Maranhense, e depois a justamente em mil e quinhentos, comemorando portanto nesta data seus quinhentos e treze anos, e disse que muito tínhamos que reverenciar os vultos que tornaram essas conquistas possíveis com muito trabalho, sacrifício e amor, e que iriam vários desfilar sobre o reverbero daquele palco diáfano, e que por suas dedicações tornaram tudo realidade para alegria de Jesus junto ao Pai e sua própria satisfação, por completar aquela missão que até hoje vai completando-se, disse que como percebêramos, todos ou a maioria trajava-se da maneira como costumavam no tempo de suas atuações mais perenptoriamente na formação do País, salvaguardando-se alguns dos presentes dentre os quais já pensava enquadrar-nos por qualquer motivo, não sabia.
   Colocou as mãos sobre o peito e proferiu uma linda e sentida prece ao Pai em agradecimento e Jesus, acompanhado de uma sinfonia maravilhosa, e após um tempo de reflexão disse: Após a descoberta foram enviados como sabem muitos irmãos como missionários! E a um gesto seu foram aparecendo, saídos de porta invisível, parecendo materializarem-se ao sair em fila, todos trajando roupas como disse da época Navegantes, fidalgos, padres, damas, e ao sair personagens cada um sendo abraçado recebendo um mimo que não tínhamos condição de saber o que seria, eu como ainda conservo o senso de curiosidade pensei o que seria, e depois que aqueles foram desaparecendo aplaudidos por outra porta invisível sumindo após de nossa intrigada vista, outros foram saindo sempre lentamente, indo acercar-se ao sorridente Infante que os abraçava e dizia qualquer coisa inaudível a nós e eu. Entre os vários sacerdotes quando abraçados pude identificar Nóbrega e Anchieta entre os vários, e indicava a porta por onde saíam, cobertos apenas por algumas penas um grupo de uns dez índios, entre os quais destacava-se um alto e hercúleo, o bem conhecido Tibiriça outro tanto de índias igualmente abraçadas pelo Infante e os demais e pelo Herculano, todos da comissão também com seus mimos após eles outros grupos de fidalgos, damas e negros e negras com vestimentas, elas vestidos e eles calças e camisas com seus sorrisos, onde sobressaiam alvas dentições, todos calorosamente recebidos da mesma maneira, e como os demais, seus feitos relatados e aplaudidos por todos os assistentes muito atentos em silêncio.
   Novos grupos eram aguardados quando Herculano, irmãozinho (…) veja que estou referindo-me nesta narrativa pelo primeiro nome, mas com todo o respeito e deferência que merece, assim ele disse após um colóquio com o Infante que o próprio iria tomar a palavra nesta homenagem, mais esta vez neste ano, o que deduzi novamente que já houvera outros nos ditos dois séculos e meio que eu não presenciara ou olvidara, mas conferiria isso logo-logo, ficamos no aguardo, o Nobre Infante adiantou-se e começou a peroração.
Dizendo que de fato todos esses irmãos que haviam sido justamente homenageados nesta data, dia de muita importância ante os desígnios de Deus para implantação definitiva da Nação Brasileira como Pátria do Evangelho de Jesus planificada no espaço, e que Jesus lhe fornecera os missionários e condições para que ele e seus assessores pudessem chegar às terras abençoadas, e que todos os que tínhamos visto homenageados foram os que prepararam as condições para que viessem os sucessores que dariam as condições de expandir e fazer o progresso material e espiritual do país.
   E que isso já começara efetivamente a tomar corpo em 1786, preocupando os espanhóis e portugueses, a revolução francesa atingindo o ápice e a grande responsável por propiciar as futuras decisões foi a rainha Dona Maria primeira, e dizendo isso apareceu uma grande imagem como escultura grande sobre a cabeça deles de uma senhora, era a da mencionada rainha, e nos pareceu bonita e seria tal a perfeição parecia até piscar e poder falar, ele continuou a falar depois de mirar a aparição que se esvaia, ele continuou a falar que ela por suas faculdades e a sua posição espiritual participava na época das reuniões no espaço, e sabia antecipadamente acordada do que viria fatalmente ocorrer com o desfecho espiritual de Napoleão por deixar-se envolver lamentavelmente com as forças trevosas, e essas preocupações a desequilibraram psiquicamente de tal maneira que passava a falar e agir de modo que a responsabilidade de seguir o destino como regente do trono português e muito trabalho para salvar seu império colonial com a Inglaterra e França em lutas com Bonaparte ensandecido pelo poder punha os pés pelas mãos, culminando que como ela sabia por ordenar a Junot que só lhe restava obedecer ordens que invadisse Portugal, e o que veio a abreviar a ocupação pela corte com todos os escolhidos acrescido de outros tantos temerosos mais qualificados, que embarcados em vinte e seis barcos com tudo o que puderam levar saíram com o apoio naval inglês as pressas, isso em novembro de 1807 mas dividiu-se as esquadras por uma tempestade, o que atrasou por quatro meses para que Dom João chegasse ao seu real destino por aportar na Bahia, mas por fim chegou ao destino aos 7 de março de 1808 ao Rio de Janeiro, e dando início a programação de promover o Reino Unido a Portugal e Algarves com todas as instituições, e começaram a aparecer aos nossos olhares vários personagens sucedendo-se um após outro em poucos segundos, denominados cada qual homens e mulheres dos que mais se destacaram na formação por eles do Brasil como nação, passando pelo período de reino até sua volta ao local de onde ele, Dom João saíra, a sua hoje irmãozinho sua acolhedora Lisboa, após quatorze anos de profícuo trabalho na terra que de coração aprendera a amar, com uma certeza íntima de que seria uma grande nação, indo cumprir com seus deveres e deixando o filho e, daí a frente tudo já estava consumado ante os desígnios do Alto há exatos cento e noventa e dois anos passados, e voltando ele com grande aclamação de reconhecimento pelo povo em janeiro de 1822 para a pátria mãe, para cá Portugal, ficamos todos sensibilizados pelo exposto e disse: Dessa maneira como todos puderam ver ou rever alguns, todos vocês presentes hoje aqui fizeram ou fazem parte ainda deste movimento para a cristianização pura desta terra, e poderão reconhecer entre vocês pelo tempo que disponham alguns dos antigos e atuais colaboradores para o grande trabalho de engrandecimento e pureza do Evangelho de Jesus na homenageada Pátria do Evangelho, o Coração do Mundo, engajados nesta luta temos contra as trevas irmãos queridos soldados guerreiros a serviço das hostes fiéis ao Onipotente e irmãos os nossos corações enchem-se de júbilo pelo que já todos vocês fizeram estão fazendo e farão ainda para continuidade dessa batalha tantos nessa nação abençoada como pelo mundo a fora, vejam que grandes espíritos missionários levaram as condições de Cultura e fazem com que o progresso pudesse se fazer uma realidade até aqui, e pelo que está reservado pela Vontade do Pai Eterno os dias vindouros trarão em todas as áreas que possam tornar o país em verdadeira grande nação estão em curso, e dias radiosos deverão atingir o nosso Brasil dando a todos vocês, e que virão condições de poderem desenvolver com mais facilidades as vossas tarefas em todas as situações, é o que importa-as para Deus sempre ligados ao desvelo de Jesus orientando-os e protegendo-os com suas falanges amorosas e confiante em todos.
   Irmãos nestes instantes que passaram, todos puderam ver desfilando ante nossos olhos e ouvirem o que estes irmãos puderam fazer no passado lavrando, semeando e preparando o solo no passado e ainda no presente reencarnados, e como vocês o estão e estarão aproveitando para a continuidade da semeadura e a colheita pela vossa dedicação será farta, temos certeza disso, todas essas facetas desta comemoração estão carinhosamente gravadas e as que continuarão e agora preparem-se para receberem a bênção de Deus que será espargida pelo escolhido do Alto como protetor do País do Evangelho.
   E Marco Irmãozinho querido, depois destas palavras do glorioso Infante eu como todos confirmaram depois, senti uma energia tão grande que levou-me a como tiritar, enquanto as lágrimas rolavam pela minha e dos demais faces, eu pensando que está seria a reação do referido espargimento, mas caiu-me o queixo quando vi uma luz diferente envolver Dom Henrique e os demais ao seu lado muitos dos quais você reconheceu e nomeou também antecipando-se, e uma forma iluminada apareceu irradiando luz, e era o nosso Protetor de fato, Ismael, que elevou-se pouco mais adiantando-se e, irmãos, confesso que até aquele momento Ismael era para mim uma forma para pensarmos e repetir ser o protetor espiritual do Brasil, e como Deus e Jesus inalcançável, mudou no ato a minha consideração,  e ele principiou dizendo assim:
   Irmãos trago-vos as bênçãos de Deus todo-poderoso nosso Pai e de Jesus, o Mestre, que confiam agradecidos pelos vossos esforços, todos vocês aqui presentes só os estão por fazerem jus e méritos, sendo selecionados para essas missões no decurso do tempo venceram os obstáculos, não esmoreceram, estando sempre preparados para as lutas vindouras para a Gloria Divina, irmãos estaremos sempre do vosso lado em qualquer momento e nos difíceis que se lhes surgirem podem como fazem com pedidos aos vossos anjos da Guarda recorrerem também à nós, que os socorreremos obedecendo a justiça de Deus, e sendo possível obterão satisfatoriamente as solicitações porque vocês fazem parte dos trabalhos na terra que somos os responsáveis perante o Pai recebam as bênçãos Dele e Jesus agora e sempre.
   Levantou as mãos e baixou-as sobre a grande plateia, e raios de luz tristaram por todos os lados, e eu senti como uma sensação de tranquilidade e paz tirando-me daquela tremedeira involuntária, mas as lágrimas não interromperam o jorro pela emoção e também após esses instantes sua figura diluiu-se no ar.
   Foi ai que mais um fato de relevante importância para nós todos ocorreu, todos os que lá estavam sob nossos olhares algo mais nos emocionou, isso se houvesse mais espaço para emoções, ao irem cumprimentar Herculano e Dom Henrique eles ergueram os braços sobre si e eles, e Kardec que surgira ante eles ao lado de Bezerra a um gesto de Herculano começou a transfigurar-se mudando o visual, e o que aconteceu foi surgir no lugar do corpo do elegante Allan Kardec o nosso Chico Xavier da maneira que o conhecemos com paletó, camisa, sem gravata como sempre, e um boné de cor bege incomum, mais jovem que ao desencarnar, com seu sorriso afável cumprimentou como se já não o fizera novamente os companheiros e virando-se para a plateia acenou para todos os lugares e lados, e uma calorosa salva de palmas partiu de todos nós e demais presentes.
   O irmão Herculano disse que estava encerrada as comemorações ao Brasil, e que o acompanhássemos na prece que também foi linda e rápida, oferecida à Deus, Jesus, e que abençoassem a todos nós e aos formadores, e depois dirigindo-se a nós todos disse que poderíamos voltar aos grupos e os que pudessem ou quisessem fossem aos jardins onde seriam servidos acepipes e bebidas ao gosto de cada um, embora ainda todos estivessem muito sensibilizados com tudo o que haviam testemunhado. Palmas e vivas encheram o espaço.
   Em um piscar de olhos nos vimos reunidos no iluminado espaço ajardinado, transportados como todos sem aquela demora de sair-se após apresentação de um espetáculo à procura das portas, (…).
    Aproximando-se o Inácio disse: (…) estava falando lá com eles que não vai faltar o belo vinho, bebida que até Jesus providenciará quando faltara, e sempre o melhor, não é? Nós nos rimos (…) concordou, e eu disse que depois de tudo que assistíramos eu acharia até mesmo um vinho zurrapa como o melhor do mundo, e ao sermos servidos gentilmente podemos ver que os acepipes referidos eram uma delícia ao paladar, eles desfaziam-se na boca. Agrupamo-nos para melhor trocar nossas impressões, foi quando vimos aproximar-se (…) Arago, Erasto Flammarion, Fernando, Augusto e vieram alegres nos cumprimentar novamente, dizendo os três que teriam que voltar aos seus compromissos, mas que nos preparássemos para recebermos outros irmãos que queriam nos cumprimentar, aproveitando a ocasião, (…).
    De fato primeiro chega um elegante e sério homem, espírito sim, (…),  eu não reconheci, foi Murtinho que nos disse tratar-se de um grande missionário de Jesus que muito havia auxiliado Dom Pedro com suas ações a expandir o país até o fim triste de sua existência, com mais de 20 grandes empreendimentos que atingiram não só o Brasil mas ligações em vários países até nos transportes daqui de Lisboa, e o que na encarnação no Brasil foi conhecido como o grande Irineu Evangelista de Souza, o Visconde de Mauá, (…) e vimos que tinham vivas em suas memórias aquele aparente introspecto cavaleiro, mas logo vimos que sorria afável e com uma semelhança fisionômica a de Herculano, confirmada a impressão por vocês a ouvir-me, e a Modesta disse que bonito mesmo era Dom Henrique, ao que acedeu sorrindo e piscando a Ivone (…), e meus irmãozinhos embora espíritos somos humanos, (…).
   E nós que ouvíamos nos sentimos contentes com essas colocações e saboreando os quitutes e o excelente vinho ouvimos o Inácio que erguendo para nós seu cálice, disse que só faltava para ele como complemento a sua cadeira, a Mimi com a sua ninhada, e seus cigarrinhos. Estávamos rindo quando chegaram-se a nós surpreendendo-nos o Tibiriçá com todos os irmãos Villas-Bôas, Orlando, Cláudio, Leonardo e Álvaro. Cumprimentaram-nos e disseram que iriam voltar para a Colônia brasileira onde estavam em festa também a Aldeia e seus ocupantes e esperavam que também nós os acompanhássemos. O Inácio desgarrou-se da conversa que entretinha ao lado e veio alegre dizendo que mais esse prêmio não perderia nunca, e que por favor concordássemos, e eu que como os outros não esperava por isso aguardei o que seria decidido, e o Cláudio que ficara perto de nós enquanto Orlando e Tibiriçá cumprimentavam os demais (…) disse que só aguardariam a chegada de Arago que nos iria conduzir. Incontinente rumamos para a companhia dos outros que já sabiam.
   (…) Ouvimos vozes dizendo “eles vem vindo, estão chegando”, e com efeito eram o Arago, O Murtinho, o Seabra e a Heloísa que chegavam, e já indo todos para despedirem-se (…), e irmão, despedida é sempre despedida, (…), depois nos despedimos e fomos ante os acenos de ambos os grupos todos demonstrando muita alegria para perto do Arago. Unimo-nos e de mãos dadas quando Arago levantou as mãos novamente e num novo piscar de olhos já nos sentimos em solo firme, e ante meus olhos esbugalhados havia uma grande quantidade de indígenas, todos pintados e emplumados que dançavam pisando o solo em ritmo, intercalados homens e jovens índias abraçados pela cintura iam para os lados em círculo a pouca distância, como a dança do kuarup. Um bando de curumins, também misto, imitavam afastados os adultos, enquanto ficávamos estáticos admirando o espetáculo, os Villas-Boas caminhavam até Tibiriçá que abraçava um outro índio, que o Inácio disse-nos ser Caiubi e foi para junto deles. Nisso um pequeno curumim veio correndo e pulou familiarmente no colo do Inácio, atarracando-se ao seu pescoço e foi coberto de beijos, e o pequeno dando gritinhos de felicidades, e a Modesta nos disse que aquele pequeno era afilhado do Inácio, que acompanhara sua gestação deixando-me intrigado das várias saídas deles vezes por outra, dizendo que iria ver os animais e elementares, e isso era de seu feitio ir atrás de gatos e observar tudo que podia no descanso.
   A dança continuava com tambores trompas enormes chocalhos e som dos pesados instrumentos e os cantos. Atendemos o chamado de Tibiriçá e fomos em direção a uma grande Óca que destacava-se em tamanho das demais, e Inácio com o pequeno ainda atarracado em seu pescoço feliz. Arago então disse que voltaria a colônia mas desejava muitas felicidades a todos, que Deus e Jesus derramassem suas bênçãos sobre todos sempre, e por fim os tambores e todos pararam a música e os índios dispersaram-se em ordem, os homens para um lado e as mulheres outro, como duas fileiras, e vieram cercar-nos sorridentes e acanhados, como as crianças caipiras simples.
Arago com gestos abençoou a todos que se arrojaram ao solo, cujo gesto coletivo fez com que os pequenos os imitassem e o pequeno soltasse do pescoço do Inácio, também jogando-se junto aos outros pequenos. Arago despediu-se novamente de nós e desapareceu no ar provocando um “U” prolongado de todos os índios, depois seguiram até um lugar que estavam três padres Jesuítas, e falavam alguma coisa apontando para nós.
Orlando disse que quando saíra com o grupo a festa já começara na taba, e fomos nos acomodar nos bancos. O Inácio mais familiarizado foi sentar-se em um tamborete, e logo foi assediado por um casal ao qual abraçou e beijou, e a jovem pegou outros dois tamboretes colocando-os próximos a ele, e puseram-se a conversar gesticulando o casal. Eu só observava, e perguntei a Modesta onde estava a Ivone e a Heloísa, ela disse que tinham saído apressadas porque a Heloísa precisava voltar ao corpo na terra sem tempo para despedidas, compreensivelmente, porque nós estávamos, como se diz, em casa mas também tínhamos que voltar às nossas tarefas nos Ministérios.
   Fomos para junto de Tibiriçá que nos chamava e várias jovens já traziam cuias com bebidas e travessas bem talhadas com alimentos, o banquete também ali tivera o início. Também eu servir-me e para minha admiração vi que o líquido lembrava a um saboroso licor que me fez muito bem. Fui chamando a atenção pelo Militão para olhar para Oca maior, e logo vi o que ele queria mostrar, o Inácio estava com um enorme cachimbo na boca junto a outros indígenas e soltava grandes baforadas de fumaça, quando eu cheguei próximo ele sorrindo foi dizendo: “ei pessoal vejam que maravilhoso, agora tudo está completo, lá na Europa eu lamentei a só falta de uma palhinha, e aqui na nossa terra Brasilis, na sua origem, tenho este cachimbo de Pajé cheio de erva, mas quem não tem cão caça com gato, como dizem em Minas. Eta dia comprido, não é mesmo”? E pôs-se a rir e a tossir. “Epa, olha que o fumo é forte hein! Eta ervinha brava seo! E riu-se e nós também. Em volta era uma prosa só, com risos comilança e beberança. Estavam esses irmãozinhos preparando-se para encarnações em aldeias na terra, supervisionados por Tibiriçá e suas equipes, e até os Villas- Boas, para várias tribos que ainda resistem nas florestas terrestre, que nem a quinhentos e treze anos atrás, assemelhavam-se a esta beleza de mata que estes estão vivendo, mas nem mesmo as nossas cidades na terra tem tanta beleza arquitetônica como as daqui do espaço, as daí então heim?
   Mas queridos irmãozinhos extinguiu-se o tempo que me foi concedido para ocupar o aparelho, ao qual somos imensamente gratos. Muitas coisas tive que omitir e muito temos para relatar, mas fica para outra ocasião se Deus nos der a permissão.
Que Deus abençoe o Brasil querido, Jesus o ampare em sua missão e à todos vocês irmãos queridos.
    Fiquem sempre em paz, um abraço à todos, deste sempre irmão

Augusto            





Transcritor. 
Prof. Dr. Marco A. Stanojev Pereira, Ph.D.             


[1] Nas habilidades mentais estudadas pela Parapsicologia, estão incluídas dentro dos estudos o: “Psicapa” e “Psiteta”. O primeiro tem a ver com todas as habilidades relacionadas ao mundo físico, fisiológico e com o envolvimento da mente sobre a matéria, por exemplo as habilidades de Psicocinesia e Telecinesia. O segundo caso (Psiteta) tem a ver com a Clarividência. Nota do transcritor


segunda-feira, 22 de maio de 2017

Capítulo V - Epístola de Arago sobre a credibilidade de textos mediúnicos e a responsabilidade de quem os recebe e os divulga. Aborda também fatos da história de São Paulo na pessoa do paulista Amador Bueno da Ribeira.



Esta comunicação, recebida em 27 de Setembro de 2012 trata dos pedidos que meu pai, o médium psicógrafo deste trabalho para ter notícias de minha mãe, sua esposa, que desencarnou em março deste mesmo ano de 2012, vítima de câncer de mama, e que naturalmente não podia manifestar-se devido ao seu processo de recuperação perispiritual nos ambulatórios da Colônia. Também a visita de meu pai no ambulatório na Colônia Espiritual não era aconselhado, devido as emoções do reencontro poderem desestruturar sua recuperação.   


Que a Paz de Deus nosso pai e de Jesus esteja com todos.
Marco irmãozinho querido com a graça e permissão do alto hoje podemos voltar ao nosso encontro através destes parágrafos que por norma precisamos discorrer as palavras que poderão ser lidas talvez não só por você mas também por outros irmãozinhos que precisam de conhecimentos e que são na maioria conhecidos por vocês e por isso como devem saber é preciso certa paciência.
Mas irmãozinho, se nós todos tivemos que recalcitrar nos rogos do irmão querido que sempre colocava-se a disposição e que dava a passividade para que pudéssemos assumir e lhe dar os informes contando com a proteção como é feita aos médiuns para que não sejam aproveitados por espíritos oportunistas prestando um desserviço e legando mensagens que quando lerem o carater e moral muito poderão prejudicar os irmãos encarnados bem-intencionados aceitando-os.
O que o irmãozinho pretendia era que assim que um de nosso grupo desse início a comunicação psicográfica ele com alguns integrantes do trabalho e acompanhasse até a colônia ou o local em que estivesse a irmãzinha mas ainda não era o momento do encontro e se ocorresse enquanto ele ficasse feliz ao ve-la, ela se chegasse ele muito próximo com seu corpo perispiritual ela seria atingida por suas vibrações magnéticas e causaria como ainda poderá causar um alvoroço em suas células perispirituais dando-lhe um enorme desconforto aflitivo com o choque de emoções amorosas própria aos bons espíritos por todos emitidos.
Essa é a causa da demora mas que agora vão se amenizando e as condições da irmãzinha que está sendo condicionada para que possa lembrar-se de quem realmente era o irmãozinho tomado como marido e que ela muito lutou para consegui-lo como esposo mas o que estava já escrito nada poderia impedir que se concretizasse isso você já conhece irmãozinho toda a história e hoje está sendo ela levada até a presença de nosso irmão Inácio porque enquanto ela já saiba terem decorrido seis meses de sua volta ao Plano o irmão disse que irá dizer a ela que nesta justa data de vinte e sete de setembro de mil novecentos e oitenta e oito ele também desencarnou mas por suas atribuições na Terra viveu porem dezoito anos mais que ela e estando já em condições eles terão esse encontro e também irá acompanhado de sua esposa Aparecida sempre atarefada. 
Tudo isso posto podemos seguir dizendo que podemos louvar e a confiança e fé ate que nossa irmãzinha Manuela dedica a vocês por reconhecer as vossas idoneidade e o conhecimento que possuem utilizando-os para seus trabalhos na Seara do Mestre o senso de justiça que empregam como em seu caso advogando junto ao irmão seu pai e as falanges de sustentação que vocês dispõe e que muitos nobres trabalhos tem já podido realizar e você está sempre enxertando e se foram atendidos os petitórios é porque como médiuns vocês não querem louros mas sim servir de todo vossos corações sabendo que o ensino dos espíritos tem caráter Universal que propaga-se rapidamente pelo mundo com eles comunicando-se por toda a parte e nada que faça os homens poderá impedir ao espírito que possui a autorização que leve os conhecimentos do mundo dos espíritos em geral engrandecendo cada vez mais a doutrina da Boa Nova que o Mestre legou aos homens.
Sabem que as instruções dos espíritos ainda não bem preparados e que por seus arbítrios venham a citar temas referentes a doutrina nunca poderão ser consideradas como verdades e tê-las como parte da deles até que venha a ser o dito corroborado confirmado por outros espíritos espalhados e desconhecidos uns do outro os instrumentos mediúnicos por isso é que precisa-se de prudência para dar-lhe publicidade antes dessa confirmação como dissemos e faz tempo e muito que vocês irmãos o sabem porque se assim não agir poderá o médium ser tratado de leviano, muito crédulo ou vaidoso com sua faculdade.
Portanto assim seguros é que agem os espíritos mais elevados ao revelarem algo a irmãos com capacidade e moral e maior compreensão para receberem novos conhecimentos mesmo por isso é que muitos resistem aos pedidos de revelações sobre coisas algumas tantas vezes não possíveis de poderem entende-las por não estarem aptos e os espíritos sérios que as podem fornecer esperam que surja alguns em condições de recebe-las e no momento propício o fazem com gosto.
E assim sempre eles logo utilizam-se dos médiuns dos vários pontos da terra e também as mesmas informações voltamos a afirmar por esse motivo os médiuns não devem considerar-se os privilegiados únicos em receber alguma informação como revelação ainda desconhecida.
Esses irmãos devem sim sempre lembrar que espírito sério já preparado para levar à Terra revelações logicamente nada dizem a mais apenas apoiados em suas ideias sem que as reconheçam como verdadeiras o que divulgam e não nunca mesmo impõe que acreditem piamente no que dizem pois esses tempos quase que já se foram totalmente e já o sabem a maioria dos encarnados que nem mesmo algum espírito já bem evoluído estará livre para falar por sí só e que ele estará livre de engano por saber não ser infalível e por isso é que procura averiguar a exatidão do que pretende comunicar e se os iguais ou superiores endossarem é por já conhecerem o assunto.
Irmão, nós mesmo sabemos muitas coisas agindo desse modo também consultamos irmãos e registros como você também em sua escala o faz igual e prosseguindo quando algo é divulgado inadvertidamente logo poderá ser desmentido e isso já pode ser observado ao serem estudadas criteriosamente as comunicações como também vocês mesmo o fazem e que todos devem fazer mesmo que o espírito revele uma identidade respeitável e conhecida porque é bem sabido que os espíritos levianos mesmo com grandes conhecimentos o fazem por qualquer intuito concorde a sua condição moral e serve-se dos crédulos para atingir seus intuitos e até de mais alguns médiuns até da mesma instituição ou outros lugares em regime de pura obsessão levando as mesmas informações com a pretensão de fazer valer suas ideias ou intenções e o pior é que eles sabem onde encontrar esses tipos de médiuns incautos orgulhosos vaidosos que acham-se especiais até mesmo escolhidos, é uma pena irmãozinho Marco e o que podemos observar é que alguns médiuns que revelaram boas condições mediúnicas e que muito poderiam auxiliar no fortalecimento cada vez mais da Autoridade do Espiritismo com o que o Pai e Jesus pretendem para a Nova Revelação chegue cada vez mais renovada conforme vá chegando o amadurecimento da humanidade.
Como é universal o ensino dos espíritos urge que continue a ser divulgado e após a análise dita acima, aceito, já que é chegado o momento de pelo enorme trabalho do codificador as condições já estão garantidas contra qualquer afronta que sofra seja por má fé de intenções ambiciosas de encarnados ou dos conhecidos certos tipos de espíritos irresponsáveis os que dependem para serem desmascarados de irmãos estudiosos por isso esclarecidos e pela fé que tenham em Deus e Jesus conseguem estar rodeados pelos bons espíritos que os protegem e os inspiram nessas análises auxiliando-os a verem apenas as verdades não deixando que nomes ilustres ou palavras envolventes os enganem porque nem todos os espíritos tem condições de conhecerem todos os mistérios e verdades sobre as grandezas de Deus.
Mas é preciso usar sempre o critério adequado por todos e muita atenção e podem estar certos que mesmo muitos dos irmãos que são tidos como grandes conhecedores e praticantes da doutrina possuem essas qualidades criteriosas e em auto confiança em seus conhecimentos não percebem o que as vezes de maneira discreta e velada um espírito já bem depurado tenta levar aos médiuns e desse modo meu irmãozinho resta-nos apenas lamentar a oportunidade de fazer progredir a doutrina evolutiva empacando por mais algum tempo desse modo e por isso recorrem eles a outros médiuns em outras localidades, já dissemos, até em outros países levando as mesmas mensagens não compreendidas até que aja o tal consenso e como sabem vocês irmãozinhos que chegam conhecimentos no tempo e assim vai a espiritualidade superior com os desejos do nosso mestre Jesus e por todas as partes do mundo o que é recebido pelos médiuns em todos os lugares é o mesmo com vocês aplicado.
Vocês sabem que muitas mensagens com conteúdo verdadeiro com novas informações foram a princípio contestadas e até rejeitadas por irmãos como dissemos que mesmo com bons propósitos não estavam a altura de compreende-las isso mesmo em grupos de estudos como deve sim sempre ser feito mas como já dissemos a vocês as vozes dos espíritos não podem ser sufocadas e as verdades chegam, como ocorreu com o Livro dos Espíritos e os tantos outros do Codificador.
Como você vê meu irmão lhe tem chegado bom número de informações de ainda muito pouca divulgação mas que estão chegando do mesmo modo explicado embora o saibam já sua contribuição irmãozinho Marco analisando e adequando o que seu pai recebe pelo seu vaso físico passando pelo cérebro que você possuí atento após passarmos as informações por ele transformando-se em palavras como estas automaticamente levadas pelos nervos musculares e mão para o papel que em nosso caso utilizamos plenamente o corpo e o comando mental por todo o tempo que precisarmos ocupa-lo como agora aqui neste saudoso e importante lugar, quarto e cama ocupado até os dias finais da irmãzinha[1] e usamos seu físico com todo o cuidado e permissão para esse procedimento, é uma pena termos tão poucos assim.
Tudo o que dizemos passa por seu crivo assim sendo é dessa maneira que você irmão a poderá quando lhe aprouver ou saber ser chegada a hora ir assim divulgando os informes os que na maioria muitos lhe eram desconhecidos e os que lhe pareciam o ser foi você levado a vê-los em loco por nós ou pelos outros irmãos do espaço.
Mas veja irmão, foi por essa confiança e fé em vossos trabalhos que aí nas terras lusitanas você pode contribuir pela já dita causa nobre na divulgação que a crédula mas até que esclarecida irmãzinha Manuela colocou em seu livreto[2] com muita propriedade e como no caso seu e de seu pai que reconhece ser trabalho apenas dos espíritos e sem as pretensões de receberem agradecimentos e tanto o mais pelos irmãos espíritas ávidos de novidades e principalmente as dos tipos que como podem agora perceber você irmãozinho ou como seja já o percebe é de grande importância no âmbito espiritual embora outros irmãos médiuns já estivessem a já algum tempo levado alguns desses conhecimentos mas que chegaram fora de hora e ainda mais entravados por falta de recursos medianímicos ou por obstáculos encontrados nas vaidades do orgulho e prepotência arrogante desses pobres irmãos infelizes que preocuparam a si e é o caso de muitos ainda dos conhecimentos reconhecidos e liberados mas as luzes da ribalta, coisas essas que para nossa alegria vocês conservam-se livres, não são assim impedidas e seguem a frente.
Mas irmão Marco parabéns, nós estamos felizes com por fim vocês já podem ter as mãos exemplares desse árduo trabalho em que pôde ser feita justiça a homens ilustres do Brasil ou no Brasil, em São Paulo e Itaquera, Vila Santana[3] e para os seus interesses bairristas o nome do responsável primeiro e maior, e do segundo com igual valor tempos depois, antes Antônio de Abreu ou Cunha Abreu e Francisco Seckler, cada qual a seu tempo e o que vale ressaltar é o grande senso de patriotismo que existia no coração do irmão Antônio que quando soube do valoroso ato de renúncia e honestidade do irmão Amador Bueno que reconhecendo o valor dos portugueses ao libertarem o país do jugo espanhol com D. João IV enfrentou uma multidão de pessoas que freneticamente também pretendiam libertar o Brasil empoçando-o como Rei e gritava o povo: “Viva o nosso rei!” e ele expondo-se brandiu sua valorosa espada no ar e gritava a plenos pulmões: “Viva D. João IV, o nosso rei, e pelo qual eu darei até minha vida se preciso for!”, essas foram as suas verdadeiras palavras, e saiu acelerado seguido pela multidão sendo recebido pelos preocupados frades que prestos recolheram-no no Mosteiro de São Bento e cerraram as portas protegendo-o da inflamada multidão.
Isso quando veio a saber nosso irmão, resolveu já que precisava ir buscar umas encomendas lá próximo no Porto Geral e cuja ladeira que existe até hoje menos o Porto com o desvio das águas do Tamanduateí pelas sete voltas conhecido teve o leito endireitado mais ou menos afastando o Porto e diminuindo um pouco as enchentes que volta e meia invadia a já existente rua do comércio que você conhece, a 25 de Março, muitas cargas traziam pelos rios Tietê e dos lados da Borda do Campo e Santo Andre por esse importante rio com o Porto muito movimentado.
Assim que acertou com o amigo barqueiro as suas encomendas, subiu o nosso irmão a ladeira pedregosa até o mosteiro e como já era conhecido pelos frades abriram-lhe as portas e pode nosso irmão desse modo abraçar e cumprimentar o sério e alegre Amador Bueno da Ribeira com o qual almoçou e conversaram muito sobre a situação do País já adotado pelo nosso irmão e quando após haverem participado da reza e ladainha estava a despedir-se saboreando ainda a Santa Hóstia, o corpo do Cristo, sendo que o vinho como sangue já bons copos eles haviam tomado boa quantidade elogiando a qualidade das safras portuguesas ouvindo os relatos do ocorrido do próprio Amador e corroborado pelos virtuosos irmãos que diziam terem temido pela vida do valoroso e competente irmão que embora fosse ele e a família riquíssimos não procurava viver na inércia e opulência mas sim agia em todas as frentes o que lhe valeu a fama e confiança do povo é ele um dos espíritos também de alta envergadura e quase que nesse episódio colocou uma coroa na cabeça de um já preparado brasileiro que se tivesse se deixado concordar com as intenções da turba já até enfurecida alguns pela resistência do valente irmão outros rumos teriam sido traçados nos destinos do país e outros irmãos tiveram depois os mesmos sonhos de liberdade mas como dizíamos recebeu na saída ele dos amorosos frades as prendas para levar para a família e como bênção às terras que recebera, imagens e retratos também moringas com água benta para os familiares e para espargir nos aposentos e nas terras da propriedade e assim ele o fez juntamente com a esposa com muita fé o que era característica no casal mas justiça seja feita e o foi por você com esses heróis que deram início a vossa amada Vila Santana.
Irmaozinho Marco antes de encerrar esta longa comunicação só possível por estarmos aqui neste lugar com essa paz queremos ainda informar que nosso irmão Augusto em breve ou logo que possível irá também dar sua palavra e está feliz por ter podido falar com a irmãzinha Michele[4] e levado até seu lar e à todos suas bênçãos e da irmã-mãe-sogra-avó nossa Kika, e a irmã com fé e boa vontade conseguirá encontrar o equilíbrio psíquico e mental trazendo ao lar mais paz e tranquilizando o preocupado esposo quanto ao ambiente de trabalho da esposa que mostra-se sempre aflito que ela procure apaziguar-se com preces e orações.
          E também ele e nós cumprimentamos a irmã Nadia[5] que auxiliou a nossa irmãzinha Ariane até o parto já assistido ainda antes da hora do parto em que almas e espíritos precisaram agir para tornar possível a volta a experiências terrenas do irmãozinho que Deus e Jesus o abençoe e de forças para as expiações junto à conturbada família.
Irmãos recebam nossos abraços e também as bênçãos de Deus Pai e Jesus.

Arago




[1] Refere-se ao quarto da casa onde minha mãe Valquiria (Kika) aguardou o desencarne, ocorrido em 2012.
[2] Texto sobre a Colônia Espiritual de Portugal, descrito aqui e que a Irmã Manuela publicou na revista interna do Centro que dirige em Lisboa.
[3] Obra de pesquisa historiográfica e antropológica sobre o bairro de Itaquera – São Paulo, Brasil, que publicamos em abril de 2012.
[4] Minha irmã caçula.
[5] Minha cunhada que auxiliou minha prima. 

terça-feira, 2 de agosto de 2016

Capítulo IVEpístola de Arago falando sobre a divindade de Jesus, Médium de Deus, o espírito mais evoluído, mais puro que já chegou na Terra, bem como alguns detalhes da vida e desencarne de Kardec.



CAPÍTULO IV


Epístola de Arago falando sobre a divindade de Jesus, Médium de Deus, o espírito mais evoluído, mais puro que já chegou na Terra, bem como alguns detalhes da vida e desencarne de Kardec.


Esta comunicação, recebida em 20 de Outubro de 2011, trata-se de uma mensagem para responder aos ataques que a doutrina recebe. Certo dia, vieram pedir minha opinião sobre um artigo que um irmão leu e tomou como verdade a respeito do mentor ou guia espiritual de Jesus, e sobre o suicídio de Kardec. Na verdade, quando ouvi isso de um irmão estudioso, fiquei agastado. Como é possível que as pessoas recebam uma novidade, seja qual for o campo, e aceitam sem discussão, sem análise lógica? Então, o bom amigo Arago veio nos trazer a Consolação através desta Epístola.

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Glória a Deus Pai amado e a Jesus nosso exemplo e suas bênçãos à todos vocês irmãos.

Queridíssimo irmão, quando em vossos quadros de ação, mediante as tarefas doutrinárias relativas mais propriamente voltadas ao Espiritismo - com letras maiúsculas - pois que de outros trabalhos relevantes o ocupa em seu caso irmão, e que compete somente a você, mas contudo contando com a inspiração e auxílio superior, e ao qual você irmão quando precisa e procura-o, após esgotar suas pesquisas e estudos próprios, e com satisfação o encontra muitas vezes nos ministérios entre os responsáveis pelos assuntos ou nas plataformas de apoio, sempre disponíveis às consultas irmãos dispostos aos auxílios.

Mas ao que se refere aos ensinos de Jesus, muito bem explicados na doutrina do Consolador, codificado por Kardec e continuado pelo mesmo como o Chico, pois a fatalidade do desencarne ocorreu uns três anos mais ou menos antes do que fora programado, e o irmão muito empenhou-se para concluir o que lhe cabia fazer naquela encarnação e até um pouco mais, ele conseguiu produzir muitas folhas de trabalho, e que a dedicada companheira juntou os escritos e o ofereceu ao seu espírito como o “Obras Póstumas”, mas ele ante aos esforços depreendidos, e aquele tempo o irmão só tinha a alma voltada ao trabalho prometido, não ouvia os apelos da carinhosa esposa quanto a alimentação nos horários e o descanso do corpo, pelo menos já que sua alma não o fazia dia e noite e, com essa total e absoluta resolução que tomara aquele espírito, viu desolado o seu veículo físico sucumbir com o forte e fatal aneurisma cerebral, como meio de afasta-lo rapidamente sem dores pelo poderoso cérebro voltado ao mestre Jesus, e observado-o no momento por muitos espíritos elevados e seus amigos a tempo arregimentados por ordens de Jesus, o amoroso Mestre, que depois o recebeu recolhendo-o, e pelo qual teve a conscientização do que aprendera e sabia à vida última, e também para ele como à todos. Mas o tempo na matéria é de certa duração, e um novo corpo que a ele próprio caberia desta vez também escolher em breve tempo, ele o tomaria e seguiria na continuação do trabalho em uma outra terra, a que seria sua pátria para o Evangelho que pregara a caminho de Deus pelos passos do Mestre até o Consolador - o Espirito de Verdade -, que prometera aos seus apóstolos e discípulos a certeza da continuidade da existência, e ele integraria um grupo já preparado e muitos em ação no aguardo na linda Terra do Cruzeiro, o jovem Brasil, e chorou ele recém desencarnado mas lúcido e consciente, no regaço do Mestre amado e amigo, que com ele ante o Pai Criador entendem os motivos do desencarne brusco não haver sido suicídio, e nem cogitado, isso também pelo fato do que o que acalenta ideias reais de suicídio condenáveis desses tipos, vários conhecidos de suicídios na total maioria, é que de fato esta tentando mesmo fugir da vida devido à desencantos e desilusões de todos os tipos. Temos exemplos de vitimas de manipulações de algozes, cobradores do passado delituoso que tiveram, na maioria das vezes, e outros tipos de razões para serem afastados do corpo, mas nada desses e demais casos ocorria com o irmão Kardec, muito pelo contrario, queria e sentia ele ser necessário viver dando continuidade sempre e sempre aos trabalhos físicos e espirituais, e isso porque não dependiam os ensinos e mensagens somente dele, mas tinha muitos outros o auxiliando, nos dizeres de espíritos que ele e os companheiros analisavam chegados de várias partes do mundo, e iam até o acordo final, mas era ele que sempre cabia recebe-los e estuda-los, e depois em conjunto estudarem novamente, com analises metódicas até a conclusão, a que o dedicado irmão mestre Lionês chegara, e sabemos que eles todos concordavam integralmente. Esses estudos levavam sempre muito tempo porque muitos precisavam que ele os decifrasse, porque vinham em línguas estrangeiras as mesmas respostas, sempre com os mesmos sentidos, por ele e demais interpretados, como sabe era ele poliglota.

Portanto irmãozinho, também vocês sabem tudo isso não foi considerado um suicídio, mas um acidente fatal provocado, considerado necessário, mas o espírito continuou e, como você irmão está sempre as voltas com aqueles que não bem estudam essas iluminadas obras, e todas com acréscimos e explicações pertinentes pelo espirito amigo[1] chegam até seus também abertos ouvidos e não apenas os olhos, o que provocam a sua revolta, sim é essa a palavra porque suas emoções passam pela incredulidade no que ouviu ou leu, depois vem a inconformação caminhando ao desconsolo até a revolta, pelo que o dito poderá causar em prejuízo do Cristianismo redivivo, que se estudado traz em si todas as respostas capazes de elucidar o maior número dos mais estudiosos e exigentes irmãos, é só procurar a partir da codificação e após, nas quinhentas e trinta e nove obras esclarecedoras até o momento sérias que ai estão, e as quais contem verdades podendo sem prejuízo à causa do Consolador serem consideradas. Mas porem, também sem dar chance a algum prejuízo à doutrina, desprezar-se todas as onze mil duzentas e sessenta e cinco que pretendem falar e explicar coisas sobre a doutrina, e isso sem contar-se os milhares e milhares de livros romances e outros assuntos que visam os bolsos dos que se interessam pela doutrina, por sua atual divulgação, o que é valido quando séria e de qualidade, mas como esses iniciantes são levados pela maioria também da tal propaganda de boca a boca, e que é fantasticamente eficaz irmãozinho, principalmente quando deveria não ser propagada é mais veloz ainda, como boatos, maledicências, mentiras e segredos e muitos outros, e o solo que deveria receber boas sementes e vir a produzir bons frutos recebe as contaminadas, mas que germinam rapidamente complicando a qualidade para quem as recebe, e que as vezes custa a perceber, e vai assim fazendo os seus estragos, e que provoca o estado de espírito dos defensores para garantir as verdades da codificação e desse nosso abençoado espírito vivo do Consolador.

É o caso de que soube que o meigo Rabi da Galileia, dito foi ser um espírito reencarnado na Terra, o que é como ocorre com aqueles que aqui fizeram os estágios evolutivos, desde criado como princípio inteligente, passando por todos os reinos. Ou por todos que ao planeta aportaram para auxiliar, se for o caso de o poderem, e dessa forma irem seguindo os caminhos da necessária evolução, e se procurarem esses irmãos ler e estudar tudo o que já foi exposto a eles, poderão ver que Jesus é de uma categoria de espíritos da mais altíssima elevação, perfeito em termos ante os demais, podendo sempre estar justamente com incontável número de outros do mesmo grau próximos ao Pai, executando as suas obras co-criativas em plano maior, como Ele mesmo fora encarregado em um dia que se perde no tempo de formar o planeta Terra e de tratar de torna-lo capaz de receber os espíritos recém-criados pelo Pai no orbe terrestre, desde logo que tivesse mesmo as mínimas condições de o fazer no solo ainda inóspito, em fases convulsivas telúricas a caminho da formação da crosta, formando-se acima da amálgama derretida das entranhas do novo planeta que surgia, seguido das águas e seus mares, nos quais os micro organismos para a futura formação de corpos simples aos espíritos primitivos recém-criados, tudo isso com Jesus sendo o organizador responsável no comando de seus emissários, como vocês bem sabem, e que após, o planeta foi recebendo espíritos de outros mundos e categorias, para auxílio, evoluções, e também expiações redentoras.

Nas alturas em que se encontra o Mestre Jesus, isso referindo-nos a sua evolução conseguida por seus próprios méritos naturalmente, e em todos os planetas que são escolas evolutivas para todo e qualquer espírito muito claramente, Ele, Jesus, ou outros do mesmo grau e até mesmo mais abaixo para as suas ações nesses mundos, nunca precisara recorrer à conselhos de como agir de nenhum outro irmão superior, porque obviamente tem o conhecimento e o domínio para todo e qualquer caso que venha a deparar-se, e o resolve por si mesmo, e como foi dito na Codificação “Ele é o Médium de Deus”, ou seja, o único a que pode consultar e executar suas ordens em qualquer que seja o local do universo no espaço, em outros mundos superiores ou até inferiores a Terra, assim sendo, como é possível aquele que estuda e compreende o que leu e estudou ou ouviu, vir a pensar e admitir Ele precisar de um espírito mentor para orientar a Ele em algum problema que possa surgir da vida da Terra, que em todos os sentidos é ainda como uma das mais humildes escolinhas como as que abrigam as mais pequeninas criancinhas ainda precisando até mesmo aprenderem a ficarem em pé e caminhar (…), e como sabem, em todo o universo em que somente o Pai é espírito perfeito, amoroso e justo, e todos os adjetivos qualificativos, o qual não conhecemos tantos para qualifica-lo ou defini-lo grandioso, é unidade sempre ativa, é o absoluto, e que sempre que exista um espírito superior, o inferior pode recorrer a ele para auxilia-lo ou esclarecer-se. Assim é do mais alto ao mais baixo, com os seus espíritos mentores guardiões ou anjos da guarda da Terra, e como sabem, até mesmo certos irmãos tem como companhia guardiões que ainda estão, embora muito evoluídos, longe dos primeiros degraus ou graus de uma já considerável evolução, mas já livres quase totalmente dos erros pecaminosos e comprometedores dos vícios da matéria, e em todo e qualquer lugar do universo todo espírito tem, como os médiuns encarnados, condições de contatar seus superiores e mesmo os iguais para em colóquio espiritual, a fim de trocarem suas impressões e juntos chegarem mais fácil, mais rapidamente, ao fim desejado. Isso é muito compreensível não é mesmo?

Vemos assim que por todo esse universo somente Deus não precisa consultar ninguém ou outra inteligência, por não haver superior. Mas de resto, por todos os lugares por Ele criados o fazem, e precisam mesmo o fazer, é muito lógico e justo que se venha a solicitar auxílio à outros que o possuam sem nenhum constrangimento ou inibição, principalmente encarnado. Veja e compreenda irmão Marco, nós, digo mesmo meu caso, em que não sou nenhum alto luminar já aos pés de Deus, que nos problemas em que sou requerido a resolver agir neste plano ou em outros, não preciso recorrer a nenhum superior, apenas mentalizo Deus e Jesus, porque só agimos nos mundos sob suas ordens e orientações, como podemos vir a admitir a possibilidade de que aqui, neste planetinha, o seu artífice que o criou precise para alguns problemas daqui mesmo, recorrer a um mentor pedindo que o socorra ou o venha auxiliar?

Ora, valha-me Deus, isso é demais (…)”.



Arago



[1] Aqui ele fala das obras do espírito Emmanuel.

sábado, 2 de abril de 2016

Capítulo III - Epístola de Arago abordando características da Colônia Espiritual Abrigo de Fraternidade Infante Dom Henrique, em Portugal.



Capítulo III


Epístola de Arago abordando características da Colônia Espiritual Abrigo de Fraternidade Infante Dom Henrique, em Portugal.



Esta comunicação, recebida em 17 de Fevereiro de 2011, trata-se de um pedido de nossos irmãos espíritas portugueses da Comunhão Espírita Cristã de Lisboa, a respeito desta Colônia Espiritual que existe sobre o país.


Que a paz de Deus Pai e Jesus esteja hoje e sempre em seus corações, irmãos queridos.
Marco irmãozinho querido, sabemos que você compreende a demora que levamos para o atendimento de seu pedido quanto ao agrupamento espiritual ai de um dos quadrantes de Portugal, porem saibam que daqui nós já aguardávamos por esse justo rogo.
Foi acertado entre nossos companheiros que primeiramente nós nos dirigíssemos a vocês e logo após nossas palavras grafadas, se com a permissão do Pai, continuava uma outra comunicação elucidativa, vemos nós se não para você, será aos seus companheiros.
Irmãos, deverá ser dito que antes mesmo de Cristo Jesus vir ao planeta, já iniciava-se um local de socorro espiritual aos muitos desencarnantes que eram vitimas dos tais confrontos em ações de guerras, os Iberos e os Celtas abatidos em fragorosos combates e que após tantos combates e de ficarem juntos nos abrigos sendo tratados pelos espíritos de alta evolução a serviço já nessa época a Jesus que preparava-se, vejam só, para a sua descida à Terra e tudo por ele planificado, os Iberos e os Celtas passaram a conviver em harmonia no nascente hospital e escolas do plano e influíram por inspiração aos descendentes encarnados até que apos muitas vezes voltarem como encarnados virem a colocar em prática o que haviam aprendido com os mensageiros do amor.
Passaram a verem-se como irmãos acabando com as guerras e a união desses povos culminou por fim para a alegria dos trabalhadores do Pai eterno nascendo assim dessa maneira o novo povo Celtíberos, sendo que novo evento de guerra defensiva os levou a combater agora juntos um só povo contra os Cartagineses, a história registrou o que se passou desde antes e após o intrépido guerreiro Viriato o inicio dos Lusitanos e depois com os visigodos tudo como dissemos registrado na história da Terra e a do espaço. Jesus já existia nos corações destes povos que viriam a tornar-se também cristãos e o abençoado campo de socorro do espaço foi expandindo-se cada vez mais tomando a forma de uma grande colónia organizada e bem dirigida.
Passaram-se milénios e atualmente essa amorosa de atuação incessante estende-se por milhares de quilómetros quadrados que englobam desde Setubal, Évora na Fronteira com a Espanha, todo baixo Alentejo sobre Beja do Algarve, Tavera, Faro, Lagos, devem saber que todo o grupo iluminado da bem falada Escola de Sagres, na qual grande responsabilidade coube ao Infante D. Henrique no preparo ao evento das conquistas ao Novo Mundo com seus iniciados em nome do nosso Mestre Jesus cuja existência da tal Escola de Sagres na realidade teve a sua existência nessa Colônia Espiritual e que pelos méritos e a grande dedicação a causa de Jesus por ele abraçada com amor e desvelo passou-se a ser chamada de Abrigo de Fraternidade Dom Henrique, isso deve ser conhecido por alguns irmãos já.
Muito antes do descobrimento do Brasil como conhece-se o Coração do Mundo, Pátria do Evangelho já um grande grupo de espíritos selecionados pelos obreiros de Jesus em Portugal começaram a preparar no espaço sobre a terra brasileira com os planos estudados designados ao destino, desde antes de Cristovam Colombo que como Cabral depois, possuíam os mapas os nobres espíritos portugueses teriam que com o que existia no espaço para edificação era deveras rudimentar a matéria mental dos nativos e por isso conseguiram que os indígenas juntassem-se a eles e tudo foi melhorando as vibrações sutilizadas e com o material mais enobrecido deram inicio as edificações tal o plano traçado no espaço sob a égide de Jesus que enviaria os novos habitantes à Pátria do Evangelho e os alicerces do que é conhecido hoje pela maioria grande dos espíritas ou não como a colónia no Brasil, Nosso Lar, mas que devemos dizer também que quando do inicio já relatado junto ao local designado encontraram eles lá próximo, implantadas tabas, uma aldeia de indígenas da melhor maneira que eles puderam realizar contando com a matéria mental fornecida por estas mentes inocentes ainda, tal crianças em seus aprendizados entre civilizados e sempre depende da boa vontade dos aprendizes.
Porem eles os recém-chegados as conservaram ao lado do que estava sendo edificado e respeitando as orientações que eram dadas pelos sacerdotes padres que os antecederam a muito tempo atrás, Portugueses e Espanhóis responsáveis por esses irmãos de espíritos em suas infâncias espirituais muito embora entre eles já haviam espíritos escolhidos entre os de evolução já o que viria a permitir o mais fácil convívio e a catequização que em breve futuro daquela época se faria seriam chefes de tribos e assim aos poucos viriam eles a integrarem-se com os trabalhos na nascente colónia espiritual antecedendo Nóbrega, Sardinha e Anchieta que como e reconhecido, realizaram grandes obras como Jesus deles esperava e foram tarefas duras.
Como pode ver irmãozinho Marco, com o passar dos Séculos a Colônia que veio a desenvolver-se seguindo o modelo quase que na íntegra ao daí de Lisboa em Portugal em que vocês está, saudosas Sacavém, Odivelas que o acolhe irmão estas simples informações colhidas pelos nosso instrumento só poderiam ser-lhe enviadas como sabes daqui deste espaço de terra em meio desta natureza exuberante em seu fulgor e sob a luz de duas velas como nos tempos de outrora na terra, mas que aqui estão com a Graça do Pai e Jesus aos quais nos todos procuramos servir.
Informamos-lhe, meu muito querido irmãozinho que foram nos fornecidos pelo nosso querido irmão Alexandre Herculano de Carvalho Araújo e colocamos todo o seu respeitável nome da sua encarnação terrestre última que prontificou-se a mandar-lhe as muito solicitadas por seu pai informações e saiba iria ele mesmo dirigir o braço do aparelho querido mas veio a acatar o conselho do irmão Herculano Pires nosso irmão amigo até na terra e de seu amigo e protetor o Augusto José da Silva ou Augusto Medeiros que acharam melhor que eu lhe dirigisse a escrita isso porque a sua maneira de expressar-se o irmão Alexandre com as suas palavras de uso muitas seriam desconhecidas de vocês o uso do vocabulário dele pelos que o ouvem ou lê é dificílima de serem entendidas isso agora por quase que sessenta por cento dos portugueses atuais que recorrem aos dicionários nas escolas podem ai conferir irmão em Portugal ou Espanha e por ai a fora foi levada em conta nossa afinidade de que temos com o irmão ao qual somos totalmente responsáveis pelos movimentos de seu braço e mão sem empeço mental.
Embora pareça a priori uma aula de História ou Geografia a intenção é informa-lo sobre o que seja e como é a realidade laboriosa sempre da Colônia Espiritual de vosso interesse e na qual você e seus amigos já a visitaram desligados de seu corpo físico não uma mas várias vezes onde o recebemos com seus irmãos amigos ainda encarnados junto ao seu pai e já lhe explicado elas sempre estão sendo atualizadas com todas as novidades que são liberadas pelas organizações espaciais pela vontade de Jesus na obediência sempre do todo-poderoso nosso pai querido que aos poucos segundo a evolução dos povos vai liberando novas conquistas como inventos e conhecimentos tendo até você irmão com um dos veículos em todos os campos da vida humana, tudo primeiro é visto e estudado e utilizado no espaço onde são preparados os irmãos para seus reencarnes. Marco explique em suas palavras aos irmãos isso que lhe passamos e fique como sempre atento com tudo o mais que lhe será inspirado acrescentando mais coisas e no espaço existem muitas outras colónias sendo que nas do Brasil são habitadas por quase que mais que o dobro dos de Portugal, Espanha e França, embora sejam mais antigas.
Mesmo porque a população é maior mesmo no tempo de Dom Afonso Henrique, a de Portugal recebeu grande número de espíritos superiores trazendo grande avanço o mesmo com D. João II, apelidado o príncipe perfeito dinastia Avis e segundo no tempo de D. Manuel que você bem conheceu e isso o nosso irmão Alexandre pede para ser mencionado por justiça aos irmãos principalmente por Dom Henrique e sua atuação sem claudicar desde muito jovem quando a maioria naqueles tempos sucumbia aos seus compromissos assumidos pelas tentações das cortes e o poder que lhes eram proporcionados príncipes e reis faliam lamentavelmente no caso do Infante Jesus a tudo pelo que sabemos procurou-o preparar para o êxito já que os caminhos ao Brasil deveriam ser abertos e no espaço preparou com seus escolhidos os que receberiam o irmão em que depositava a confiança os nobres D. João I e Dona Filipa de Lancastre que receberam em seus braços amorosos a noite em mil trezentos e noventa e quatro aquele que viria a ser o grande responsável pela vinda dos descobridores e que após sua desencarnação em mil quatrocentos e sessenta mas que antes deixou lançando mão dos maiores mestres os conhecimentos com todas as rotas que lhe foram fornecidas com mapas já completos vindos do espaço das Américas e da futura Pátria do Evangelho mapa de Piri Reis séculos atrás já preparados do Brasil guiados os ensinos por Padezir até a futura vinda de Vasco da Gama pelas rotas marítimas amparado pelos irmãos do espaço em mil quatrocentos e noventa e oito já estando a trinta e oito anos o zeloso Henrique entre os seus companheiros no espaço procurando guiar e inspirar aos navegantes e o que veio a consumar-se para a gloria de Deus em mil e quinhentos com a chegada de Cabral e suas naus ao abençoado Brasil, recebidos pelos inocentes nativos em sua nudez.
E assim, o valoroso Henrique viu a parte mais importante de sua missão cumprida e sem cessar nunca continua a atuar nas legiões do mestre Jesus e tem o povo português e todos cristãos a oportunidade de também a ele, espírito excelso, dirigir-lhe suas melhores atenções e preces e que como alguns o fazem no Mosteiro da Batalha onde estão repousando em paz os ossos que compuseram seu valoroso corpo por laboriosos sessenta e seis anos terrestres quando exalou também em muita paz assistido por muitos bons espíritos e foi aos braços de Jesus.
Que as graças do Pai e de Jesus esteja sempre sobre todos da colónia também sobre você meu irmãozinho em suas tarefas e os que o cerca parentes e amigos esteja sempre em paz hoje e sempre e sempre que possível voltaremos a comunicar as novidades. Receba nosso abraço de amor


Arago